Natasha Faria

Residente em Portugal há cinco anos, trabalha no seu estúdio e ateliê na vila de Óbidos, localizado na porta da vila/loja Identidade/Espaço Ó, desde 2016, depois de anos realizando projetos também em seu estúdio e ateliê na cidade de Campinas/Brasil.

O trabalho da artista autodidata consiste em esculturas tridimensionais com temas e dimensões variadas, telas e bonecos que compõem um universo imaginário único, criativo e provocador. Atravessando o tempo, as suas criações ora nos remetem ao passado, ora ao futuro contemporâneo.

Neste passeio atemporal entre formas e cores, nascem obras exclusivas que seguem ganhando vida e história através das mãos da artista.

No seu currículo, realizou exposições, formações, projetos cenográficos, intervenções, algumas premiações, dedicou-se ainda à realização de vários projetos sociais e tem um projeto dedicado à infância.

O seu ateliê, em 2009, foi reconhecido e premiado como Ponto de Cultura, através do Ministério da Cultura do Brasil.

Artista plástica
(brasileira – São Paulo, 1971)

Sou Natasha Faria, nascida em São Paulo em 1971.

Artista autodidata, encontrei na arte, desde cedo, meu modo natural de ver e estar no mundo, mais que profissão, uma filosofia de vida moldada pelas mãos e guiada pelos sentidos.

Ao longo da minha trajetória, desenvolvi projetos diversos nas áreas artística, educacional e social.

Biografia

"Semeio os sonhos por onde passo, sigo criando raízes e florescendo
arte pelo caminho”

Minha jornada começou pela pintura
em telas.

Há mais de três décadas, dedico-me também ao papel machê, uma técnica milenar que abracei como linguagem artística, política e contemporânea.

Minhas obras exploram o universo feminino, o lúdico e o sensível, entrelaçando estética e reflexão social num mesmo gesto poético.

Caminho artístico

Foi em 1996 que minha relação com o papel-machê se tornou um verdadeiro casamento.

Encantei-me por suas metáforas, texturas e possibilidades criativas. Aos poucos, essa técnica passou a ser minha voz, e a fazer parte de minha assinatura artística.

Transformo o que seria descartado.

Valorizo as memórias e os processos.

Nesse ciclo de morte e vida, moldo os vazios criando novos significados.

O casamento com o papel

Papier mâché, arte e sustentabilidade

Afinal, o que há num monte de papel jogado fora?

Para mim, reciclar é um ciclo sagrado.

O papel que utilizo como matéria prima, já foi semente, depois folha e depois árvore, serviu a história de alguém até ser descartado como lixo.

E no agora, renasce como arte.

Vivemos tempos de descartes. Mas aqui, cada fragmento de memória é valorizado e ganha um novo sentido.

E eu como artista, em cada obra que crio ou projeto que dou vida, transformo-me, recrio-me por completa e infinitamente.

Sonho maior, minha arte florescer até você.

Minhas criações são pequenas partes de mim, carregadas de sentimentos, memórias, silêncios.

Neste gesto, que moldou a transformação da matéria ao encontro de outro olhar, uma nova possibilidade renasce e uma nova história irá ser contada a partir de mim.

Esse gesto é potente na sua capacidade de transcender.

E o que seria a arte, senão isso: transcender?

Cada peça carrega uma intenção, um segredo. Um sopro de vida.

Assim, o sonho deixa de ser só meu.

Ele se torna maior. E coletivo.

“Sempre me contaram, que destino de boneco é um só, ter uma nova história para contar” (palavra de boneco).

Seja qual for o motivo da sua visita, saiba: sua presença aqui importa muito, sou grata por sua visita.

E sejam bem vindas e bem vindos, que nunca nos falte arte, poesia e alegria para sonharmos outra vez !